jean león palliere -A Pulperia (bolicho). Campaña de Buenos Aires. 1858. |
"eu sou um gaúcho andante
e não tenho rincão certo
nas coxilhas sempre avante
só me gusta o campo aberto
então sigo sem remorso
sem rumo, sem rota, sem plano
pois ser livre é o que eu posso
ando um dia, um mês, um ano
não tenho teto de palha
nem um rancho de torrão
não tenho baia pro meu pingo
nem parador pro coração
nem um rancho de torrão
não tenho baia pro meu pingo
nem parador pro coração
não tenho prenda me esperando
nem trabalho em uma estância
não tenho nem compromisso
ou vida baseada em constância
nem trabalho em uma estância
não tenho nem compromisso
ou vida baseada em constância
sou chegado num bochincho
desses de beira de estrada
se não tem china, o trote espicho
nem prolongo minha parada
desses de beira de estrada
se não tem china, o trote espicho
nem prolongo minha parada
monto logo em meu overo
e sigo minha campereada
onde será meu paradeiro?
quem sabe o que a vida me guarda?
e sigo minha campereada
onde será meu paradeiro?
quem sabe o que a vida me guarda?
e enquanto não tiver guarida
eu vou gauderiando “ansim”
vago o mundo enquanto a lida
não muda ou não chega ao fim
eu vou gauderiando “ansim”
vago o mundo enquanto a lida
não muda ou não chega ao fim
vou rumando então pra outra
pulperia buena onde haja
churrasco, acordeon e güaina
truco, carreira e cachaça"
pulperia buena onde haja
churrasco, acordeon e güaina
truco, carreira e cachaça"
Por: Bruno Farias (14/07/2011)
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